segunda-feira, 28 de março de 2011

Mídia e a Infância (parte I)













Com o avanço tecnológico torna-se quase impossível falarmos da infância hoje em dia sem a associarmos a jogos eletrônicos, Internet, DVDs, aparelhos celulares e brinquedos com controle remoto. As novas tecnologias e as novas mídias ajudam a formar crianças cada vez mais acostumadas a lidar com as maravilhas do mundo digital e, detalhe, cada vez mais cedo! Tal adaptação nos leva a questionar qual caminho será traçado pela nova geração: serão adultos "descolados" que sabem lidar com todas as tecnologias e mais informados ou serão crianças que perdem o interesse pelas brincadeiras simples e amadurecem antes do tempo perdendo a essência da infância que é imaginar?
O tema da infância e as novas mídias têm influenciado diversos especialistas ao redor do mundo que, intrigados cada vez mais sobre como a infância está sendo afetada com as transformações tecnológicas, dedicam suas pesquisas a buscar compreender se a influência é predominantemente negativa ou se existe algo de positivo nessa nova forma de se desenvolver dos jovens.
Para o professor David Buckingham (diretor do Centro de Estudos da Infância, Juventude e Comunicação da Universidade de Londres e especialista na relação entre comunicação e infância):
"educar não significa apenas que os professores devam falar e os alunos escutarem. Significa também encorajar a participação das crianças na produção de mídias. Proteger as crianças da influência negativa das mídias está ultrapassado. As crianças precisam ser estimuladas por educadores preparados a lidar com as novas mídias e criar as suas." (Centro de Convivência da UFSC)
É necessário investir na qualificação dos profissionais da educação para que estes, ao invés de inibir o uso das novas tecnologias por parte dos seus alunos, os encorajem a utilizá-las de forma a ajudar em seus estudos e na sua formação como indivíduo. É fundamental saber extrair coisas positivas deste impacto que, segundo outros especialistas, quando não utilizados de maneira correta, podem acarretar sérios prejuízos para as crianças e os adolescentes que crescem de forma cada vez mais precoce. Para muitos o tempo das brincadeiras inocentes na rua e dos desenhos animados na TV de casa parece ter ficado num passado distante da atualidade, isso não só influencia a formação intelectual, social como também a formação sexual dos jovens.
A formação intelectual pode ser prejudicada se o hábito de pesquisar tudo o que for proposto em sala de aula seja feito através da Internet. O costume de pesquisar em livros, revistas, jornais e bibliotecas se extingue cada vez mais cedo. Até mesmo os trabalhos escritos são feitos em editores de textos que corrigem automaticamente a gramática, impedindo que os alunos aprendam com seus próprios erros. E esse modo de pesquisa não afeta somente os jovens com mais idade, pois é comum vermos crianças menores utilizando, cada vez mais cedo, os computadores, sejam eles domésticos ou das chamadas "lan houses".
De acordo com os especialistas, as novas mídias e as novas tecnologias influenciam na mudança do sentido da infância. Se antes destas transformações as crianças eram diferenciadas pela etnia, classe social e cultura, hoje elas começam a se polarizar em grupos dos que vivem uma ?infância moderna? e os outros que ainda tem uma "nfância tradicional"
Extraido do seminário na UFSC ( Universidade Federal Santa Catarina) Tema Infância e Novas Mídias

3 comentários:

  1. Oi Regina
    Amei o seu blog ! Voc~e é uma profissional competente!
    Estarei aqui sempre que postar algo.
    Amei!
    Beijinhos
    Mônica

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  2. Mudei de escola este ano e senti a diferença no comportamento e nos hábitos de estudos entre as clientelas. Na primeira as crianças tinham uma "infância tradicional", isto é, sem acesso a internet e na segunda 90% possui acesso ou vai atrás dele. Confesso que a segunda opção está sendo mais prazerosa para trabalhar, pois as crianças unem sua curiosidade natural com a grande enciclopedia que pode ser a internet.

    Abraços!

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  3. Regina, amei o post.

    Gostaria de saber se posso copiar no blog A Liga, com os devidos créditos.

    Bjss

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